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domingo, 18 de setembro de 2011

Budapeste, na Hungria

De Belgrado para Budapeste saem trens nos seguintes horários - 11:45, 15:50 e 21:50 hs (os horários mudam com frequência). A opção pelo ultimo trem (night train) dá a vantagem de economizar com hostel, pois chegará em Budapeste quase 6 horas da manhã. Valor da passagem: 15 euros. Conforto: zero!

Budapeste tem diversas construções bonitas espalhadas pela cidade, porém as mais magníficas estão nas margens do Danúbio. O Parlamento hungaro é incrível, sem dúvida é o que chama mais atenção.

A cidade esta mais acostumada com o turismo. É possível participar de diversos tours gratuitos oferecidos por alguns guias credenciados (no final pedem um trocado), almoçar bons pratos por preços razoáveis, utilizar todo o sistema público de transporte e contar com a ajuda dos funcionários (a maioria fala um pouco de ingles), passear de barco no Danúbio e mais uma infinidade de coisas.

Ponto positivo para os parques termais de Budapeste. Por 3.400 florins (13 euros) da pra passar o dia utilizando as piscinas quentes, saunas e hidromassagens. O ambiente é bem confortável! Não tem como não ir.

Visitar o museu do terror é obrigatório. Muitas exposições de fotos, videos, documentos e etc sobre a participação dos hungaros no exército nazista. O local ja foi prisão de judeus e intelectuais. Preço para entrar no museu: 5 euros... estudante paga meia (carteirinha internacional).

A sugestão de comida é o goulash, mas peça para manerarem na pimenta! Preço: 4 euros.
A hospedagem foi no Aboriginal Hostel, por 12 euros a diária. Boa localização, funcionários atenciosos, limpo e confortável.

Dois dias completos foram suficientes para conhecer Budapeste.
O gasto médio diário ficou em 16 euros.


Parlamento hungaro

Castelo de Buda



pelas ruas da cidade

dentro das estações de metro... as escadas rolantes são enormes

Praça dos heróis

Lado Buda

Lado Peste

Basílica de Santo Estevao

Mercadão da cidade... imenso

goulash

piscina de um dos parques termais

piscina interna. temperatura da agua 40ºC

sábado, 17 de setembro de 2011

Belgrado - parte II

Sexto e ultimo dia em Belgrado.
A cultura dos sérvios, em geral dos povos da região balcânica, é um pouco diferente.

Na Sérvia, o esporte participa integralmente da vida dos homens (mulheres também acompanham). Dia de seleção masculina de basquete ou de Djokovic, são sagrados, porém, devemos considerar que a boa fase do tenista incentiva bastante os sérvios a assisti-lo... Gustavo Kuerten, Ayrton Senna e Popó, por exemplo, também colocaram muitos brasileiros atras das tv's.
O esporte foi muito estimulado durante o regime socialista.

A cultura do café se destaca. Um espresso ou café turco são bem vindos em qualquer hora do dia, seja para falar sobre esporte, prosear alheiamente ou discutir sobre determinado assunto.

O povo do alfabeto cirílico é bastante nacionalista, se orgulha muito da própria história e ai daquele que der qualquer pitaco sobre o passado do país.... eles retrucam: "... ah, vc não acredita? Espere, um dia a verdade virá a tona."

Em Belgrado tem muita coisa para fazer.
Alugar uma bike e percorrer as margens dos rios Danúbio e Sava, passar uma tarde no parque Kalemegdan (onde a história da Sérvia começou), rodar sobre Nova Belgrado, visitar tres museus interessantes (militar, memorial do tito e banco nacional da Sérvia), tomar um café nos bares típicos, enfim, toda a cidade tem uma atmosfera muito positiva e talvez em apenas um ou dois dias não seja possível notar isso.

Hvala!

no parque kalemegdan

nas margens do rio sava

praça da república

skadarlija. Em cirílico: Скадарлија

em 1993-94 era o suficiente para comprar um pão

Memorial Broz Tito

no museu militar... dentro do parque kalemegdan

a imponente catedral de Sao Sava - ortodoxa

quarto no albergue Star Hostel

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Belgrado, Sérvia - Parte I

De Sarajevo para Belgrado: um trem por dia, as 11:25 hs, por 15 euros.
O tempo previsto de viagem era de 7 horas e meia, porém durou quase 10 horas. Nada de cama, comida, água e, para as necessidades básicas, haviam certas limitações. Viagem desconfortável, entediante, mas barata!

Em Belgrado a hospedagem foi no Star Hostel, por 12,50 euros a diária. Apenas uma coisa boa, a localização.

A cidade não tem muita beleza se comparada a outras do velho continente, mas a atmosfera e as curiosidades encantam cada momento passado em Belgrado.
A capital da ex-Iugoslávia tem uma população de quase 2 milhões de habitantes, divididos entre Belgrado e Nova Belgrado (construída recentemente, cheia de praças, avenidas largas, edifícios comunistas e pequenos mercados de suporte aos cidadãos sérvios). Os dois lados são separados pelos rios Danúbio e Sava.
A moeda local é o dinar: 1 euro = 100 dinares.

O transporte público da cidade é barato e parece funcionar muito bem. Exceto trem internacional.
Com uns 200 dinares da pra rodar grande parte da cidade. Por sinal, assim que entrar em um onibus ou bonde é obrigatório validar o ticket na maquina, caso contrario poderá pagar uma multa de 1.500 dinares se algum fiscal pegar. Mas os sérvios respeitam isso? Não.

Após a derrocada do comunismo e com a pequena abertura para o turismo internacional alguns restaurantes padronizaram seus cardápios no modelo global. Hamburgueres, caldos, saladas, massa e etc, porém, o tradicional prato sérvio envolve muita carne, pão e salada. Uma dose de rakija vale para abrir o apetite (teor alcoólico: 56%). Valor do prato: 700 dinares.
Na Sérvia come-se bem e barato!

O valor diário médio nos seis dias passados em Belgrado foi de 1.400 dinares, incluindo comida, cafés, transporte, aluguel de bike e visitas a diversos pontos da cidade.

obs: brasileiro precisa de visto para entrar na Sérvia. Valor: 200 reais.

Belgrado

Nova Belgrado

Prédios comunistas em Nova Belgrado

Uma das praças de Belgrado

Edifício militar bombardeado pela OTAN em 99. Parece que falta grana para reconstruírem!

O basquete esta entre os esportes mais praticados.

Café turco... meio amargo

Arroz sem tempero, carne de porco recheada com nata de leite e salada

Joseph Broz Tito

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sarajevo, capital da Bósnia

De Mostar para Sarajevo pode-se utilizar onibus ou trem. A segunda opção parece mais adequada pelo conforto proporcionado durante as três horas de viagem. O preço é 10 marcos (5 euros).
Os bondes que ficam em frente a estação de Sarajevo levam até o centro da cidade por 1,5 marco.

A hospedagem foi no Hostel City Center, por 11 euros a diária. Vale o preço, porém se prepare para subir os seis blocos de escada.

A primeira impressão de Sarajevo não comoveu quanto eu esperava. A cidade se destacou das outras no quesito comércio, mas não acrescentou nada muito diferente da cultura observada em Mostar.
Diversos bares, cafés, um vilarejo dentro do centro antigo chamado Baščaršija com bastante influência turca e várias mesquitas.

Um dia e meio foi o suficiente, a não ser que os interesses por Sarajevo sejam outros.
Tem bastante história e alguns pontos curiosos na evolução da cidade dentro da região dos balcãs, por sinal, faltou tirar foto da ponte onde Franz Ferdinand foi assassinado em 1914, por um estudante nacionalista sérvio.
Mas enfim, as marcas de toda a história pode ser apreciada por uma caminhada de um dia pela cidade.

Por enquanto, foi a cidade que menos chamou atenção.



Um pouco da cidade... o rio do lado direito cruza a cidade toda



Pelas ruas de Baščaršija

Um dos principais pontos turísticos da cidade

E a batata frita dentro do lanche?

Modernidade em  alguns pontos da cidade

Estação ferroviária de Sarajevo

sábado, 3 de setembro de 2011

Mostar, na Bósnia Herzegovina

Em Dubrovnik, na estação rodoviária, saem normalmente três onibus por dia para Mostar, por 103,50 kunas. Na alta temporada (julho e agosto) eles alertam para comprar a passagem sempre no dia anterior ao da viagem.

Três horas até Mostar, incluindo parada na imigração da Bósnia para conferir o passaporte (nao comentaram nada sobre visto) e num posto para tomar café. As paisagens durante a viagem são bem diferentes... vários vilarejos pelo caminho. A chegada na estação de Mostar é tranquila... diversos bósnios vem até vc oferecendo lugares para dormir, enquanto algumas crianças estendem a mão por dinheiro. As três noites no hostel Miran já estavam reservadas (ótima opção, por 20 marcos ou 10 euros).

Mostar tem praticamente duas atmosferas,  A e B.
O lado A foi explorado no dia seguinte ao de minha chegada, num tour de seis horas (50 marcos) por lugares maravilhosos, com direito a café da manhã. O lado B merecia ser observado por conta própria, andando sózinho pelas ruas da cidade.

O lado A: primeira parada é em Pocitelj, um vilarejo minúsculo contruído no século XV por um rei húngaro, a segunda foi em Kravice, uma cachoeira, a terceira em Medugorje, uma pequena cidade onde seis crianças católicas disseram ter visto a Nossa Senhora em 1981 e por fim, a ultima para em Blagaj, também um pequeno vilarejo construído no meio de grandes pedras, no século X, por turcos.
Outra coisa bacana nessa atmosfera da cidade é o centro antigo, com casas turcas entre as vielas, mesquitas, comércio de roupas, artigos para casa e lembranças de Mostar para turistas.


A caminho de Mostar, no onibus.

A mesquita do vilarejo Pocitelj

A cachoeira de Kravice

Medugorje - reparem na Nossa Senhora, atrás das duas torres da igreja


Bjagaj, do século X

Pão, carne e cebola de café da manhã

Uma das entradas do centro histórico de Mostar

Pelas vielas do centro histórico

"Old bridge" - símbolo da cidade

Lado B: guerra dos anos 90. Escolas destruídas, milhares de pessoas morreram, a ponte antiga da cidade foi toda danificada e pessoas expulsas de casa, dependedo da etnia.
Esse lado de Mostar é explicado pelos bósnios de diversas formas, porém o sofrimento parece ser único e inexplicável. O dono do albergue em que me hospedei disse que "... Ao contrário do que saia na mídia para todo o ocidente, nós bósnios não lutavamos para proteger muçulmanos (representam 60% da população do país) e sim por Mostar e toda Bósnia".


Pelas ruas de Mostar... muitas marcas da guerra


Muitos prédios ainda têm marcas de balas nas paredes


Não sei o que era


Essa avenida virou linha de frente na guerra. Do lado esquerdo soldados croatas, do direito bósnios.


Um bunker utilizado pelos bósnios



Uns sete anos?
 Por fim, Mostar não precisa mais de dois dias.
Os preços são atrativos (bom almoço por 10 marcos) e os locais são bem atenciosos... se esforçam ao máximo para nos entender... mas as vezes é dificil, tem que ser por gestos.

Abraço, até Sarajevo, capital da Bósnia.